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05 de Maio de 2021

ATA 001/2021 - Revisão 004

Informações
  • Preparado por: Carlos Frederico Bastarz, relator
  • Revisado por: Fabielle Adriane Mota Alves, apoio de secretaria
  • 05 de Maio de 2021

Coordenação: Saulo Ribeiro de Freitas e Pedro Leite da Silva Dias

REVISÃO DATA DA REVISÃO ALTERAÇÕES
R000 13/05/2021
  • Versão inicial
R001 19/05/2021
  • Revisão realizada por Fabielle Mota/INPE
R002 20/05/2021
  • Inclusão da tabela de Histórico de Revisões por Carlos Bastarz/INPE (pg. 2)
  • Alterações solicitadas por Roberto Souto/LNCC (pg. 8 e 12)
  • Alterações solicitadas por Caio Coelho/INPE (pg. 12)
R003 27/05/2021
  • Consolidação das alterações da R002 por Carlos Bastarz/INPE
R004 28/05/2021
  • Alteração solicitada por Ivan Saraiva/CENSIPAM (pg. 4)
  • Versão Final

Membros Participantes

  • INPE: Antonio Ocimar Manzi, Caio Coelho, Carlos Frederico Bastarz, Chou Sin Chan, Daniel Vila, Fabielle Adriane Mota Alves, Haroldo Fraga de Campos Velho, João Gerd Zell de Mattos, Jorge Luís Gomes, Luiz Flávio Rodrigues, Paulo Yoshio Kubota, Ronald Buss de Souza, Saulo Ribeiro de Freitas.
  • INMET: Francisco Quixaba Filho.
  • UFCG: Enio Pereira de Souza.
  • CENSIPAM: Ivan Saraiva.
  • ITA: Jairo Panetta.
  • INPA: Luiz Cândido.
  • UFSM: Otávio Acevedo.
  • USP: Pedro Leite da Silva Dias, Pedro Peixoto.
  • LNCC: Roberto P. Souto.
  • UFMS: Vinicius Buscioli Capistrano.

Participantes Convidados

  • INMET: Francisco Quixaba Filho.
  • UFCG: Enio Pereira de Souza.
  • CENSIPAM: Ivan Saraiva.
  • ITA: Jairo Panetta.
  • INPA: Luiz Cândido.
  • UFSM: Otávio Acevedo.
  • USP: Pedro Leite da Silva Dias, Pedro Peixoto.
  • LNCC: Roberto P. Souto.
  • UFMS: Vinicius Buscioli Capistrano.

Local, Data e Hora

Link da gravação

Repositório das apresentações

Reunião do Comitê Científico do Modelo Comunitário do Sistema Terrestre Unificado. Às 15:00hs do dia 05 de Maio de 2021, reuniram-se virtualmente os representantes do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), CENSIPAM (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), USP (Universidade de São Paulo), LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) e UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), com o objetivo de apresentar e iniciar os trabalhos do Comitê Científico do Modelo Comunitário do Sistema Terrestre Unificado (MCSTU). Esta ata registra a memória da reunião realizada e congrega as informações inseridas no chat, como links e informações pertinentes às discussões realizadas. Seguindo a abertura da reunião, realizada pelo Saulo Freitas e pelo Pedro Dias, este documento está orientado de acordo com as pautas estabelecidas pelo Saulo Freitas durante a sua apresentação.

Abertura

Saulo Freitas e Pedro Dias cumprimentam a todos os convidados e lembram que a primeira reunião deste comitê ocorreu no dia 08 de Abril de 2021, quando ocorreu a nomeação, pelo Diretor do INPE dos membros do INPE que compõem o Comitê Científico do Modelo Comunitário do Sistema Terrestre Unificado.

Pauta 1 - Introdução do MCSTU

Gilvan Sampaio (Coordenador-Geral da CGCT/INPE) agradece a todos pelo aceite do convite, perante o desafio de formar o modelo unificado. Ressalta a presença dos membros do CENSIPAM e do INMET, mas destaca que estas duas instituições são também stakeholders desse esforço comunitário. Agrade também a presença do Fernando Ii. Sobre o modelo comunitário, destaca que o objetivo do comitê - que é científico, é debater a ciência, discutir e gerenciar o desenvolvimento do modelo comunitário. As decisões que foram tomadas devem ser científicas e não tem relação direta com o Sistema Nacional de Meteorologia. O comitê deve tomar decisões baseadas em critérios científicos. Essas discussões são importantes, pois serão apresentadas aos demais grupos de trabalho. Destaca que é um passo muito importante para a meteorologia nacional. Por parte do INPE, na figura do Diretor, que está comprometido com esse processo, os membros do comitê científico contarão com o apoio da CGCT (Coordeção-Geral de Ciências da Terra) e da Direção do INPE, cujos papéis são de facilitadores.

Clezio de Nardin (Diretor do INPE) agradece a presença de todos, principalmente dos membros externos, reitera o apoio do INPE ao processo que se está estabelecendo. Informa que participará sempre, mas que gostaria que a sua presença seja solicitada quando necessário.

Saulo Freitas reitera que a participação do Diretor é sempre bem vinda. É um trabalho que não é trivial e que o apoio do Diretor do INPE é importante. Destaca que em algum momento, será pertinente também a participação do Diretor do INMET e dos diretores e pró-reitores das universidades brasileiras participantes. Afirma que esta atividade transcende os muros do INPE, e que o desenvolvimento do modelo comunitário do sistema terrestre unificado é um modelo do Brasil para o Brasil.

Saulo Freitas agradece ao Diretor, apresenta o relator do comitê científico Carlos Bastarz e Fabielle Mota como apoio de secretaria.

Pauta 2 - Histórico das iniciativas do INPE para desenvolver um sistema de modelagem unificada

Pedro Dias faz um resumo dos fatos históricos no contexto dos desenvolvimentos dos modelos no Brasil e o que ocorreu no CPTEC. Revisão histórica do início da modelagem atmosférica no Brasil até o estabelecimento do CPTEC. Os anos 80 foram marcado pela pesquisa com modelos regionais, globais espectrais simplificados, além de modelos oceânicos e de poluição atmosférica também com foco em pesquisa. Nessa época, constatou-se que o Brasil tinha competência mínima para entrar na área operacional, por meio do LACCAS (Latin American and Caribean Center for Atmospheric Sciences). O projeto CPTEC e escolha de um modelo: global, proveniente do COLA e regional, partindo do RAMS (atualmente BRAMS, com desenvolvimentos brasileiros), ETA (também com desenvolvimentos brasileiros). A escolha do ETA foi devido ao uso da coordenada apropriada para regiões montanhosas e abruptas. Nos anos 90, houve o inicio da operação dos modelo global e regional, o inicio da previsão de tempo por conjuntos e algumas melhorias na performance dos modelos (cooperação com Jairo Panetta, Saulo Barros, Pedro Dias e outros colaboradores). Os primeiros experimentos com assimilação de dados (colaboração com a JMA). Nos anos 2000, ocorre o acoplamento entre atmosfera e o oceano (Paulo Nobre e equipe), a previsão estendida até 30 dias. Fundamental a participação do CPTEC no TIGGE (fornecendo previsões acima de 10 dias). Em 2009, houve a realização do workshop de Santa Rita do Passa Quatro, com a tentativa de se traçar uma visão de futuro para a modelagem. Pedro Dias afirma que, curiosamente, muitas das questões que se fizeram naquela época, permanecem até hoje. Houve avanços em pesquisas, mas operacionalmente, pouco se avançou. A partir de 2011, houve o impacto da redução dos recursos financeiros. Algumas questões de prioridade que se colocam: por que fazer previsão global? É estratégico? Não se pode apenas usar as previsões globais de outros centros para apenas inicializar os regionais? Deve-se ou não ter independência na geração de produtos de previsão? Está correto depender das previsões de órgãos no exterior? Modelos globais são necessários para previsões climáticas sazonais. Todos os atores do sistema meteorológico, executam modelos regionais. Todo este esforço é necessário? Quem domina o desenvolvimento desses modelos? Totalmente, apenas o CPTEC (incluindo a assimilação de dados). O CPTEC tinha e tem conhecimento das entranhas desse processo. Executar modelos "dá status", mas é importante desenvolver produtos para usuários específicos. O insucesso se deu, em parte, por problemas de gestão do sistema nacional de meteorologia. Isso acarretou em atrasos técnicos, principalmente na atualização dos supercomputadores, do aproveitamento das novas arquiteturas, do uso do paralelismo massivo, do uso de co-processadores, do seamless prediction (previsão sem costuras - visão multiescala e multifísica). O desafio está em ajustar os modelos à nossa realidade; em agregar pessoas de diferentes especialidades; ter como metas, produtos com competitividade internacional (é necessário deixarmos de ser usuários); colocar maior ênfase nos processos essenciais, maior influência nos trópicos. É necessário reconhecer que ficamos para trás. Parte do problema foi financeiro e a outra parte, de articulação entre os atores do sistemas meteorológico nacional. É necessário desenvolver parcerias estáveis. Temos que ter múltiplos parceiros. Pelo chat, Ronald Buss questiona por que o foco deve ser a região tropical, visto que o país é continental e um dos problemas que se tem à relativa baixa previsibilidade na região sudeste, justamente afetada por fenômenos originários nos subtrópicos e oceano, os quais dependem de links remotos, inclusive com a Antártica. Pedro Dias argumenta o que se quer é ter a melhor previsão sobre a América do Sul e vizinhanças; os oceanos adjacentes à América do Sul são fundamentais, mas deve-se ter como métrica de avaliação a melhoria das previsões sobre o Brasil. Pelo chat, Pedro Dias complementa dizendo que se um fenômeno remoto tiver impacto na melhoria da previsão, ele deveser incluído.

Gilvan Sampaio corrobora a fala do Pedro Dias e acrescenta que em 2016, foram feitas algumas reuniões no CPTEC, em que foram iniciadas as discussões sobre um modelo unificado. Infelizmente, não foi para frente devido a várias mudanças no centro. Ainda sim, continuou-se com esse foco, pois foi firmado um acordo com a NOAA e com o ECMWF. Como foi mencionado pelo Pedro Dias, em 2017, 2018 e 2019, houve continuação na discussão com a NOAA. Em 2019, o acordo com a NOAA passa a ser revisto e reformulado. Historicamente, esses convênios tem sido pouco explorados. Com a NOAA, o convênio era referente a satélites e atualmente será incluída a modelagem.

Pauta 3 - Apresentação da Proposta Inicial de Atividades Científicas no escopo do MCSTU

Paulo Kubota apresenta uma proposta inicial de temas científicos a serem abordados dentro do escopo do MCSTU. O objetivo é fomentar a base de desenvolvimentos do MCSTU. A proposta inicial, considera a realização de palestras e mesas redondas sobre os temas científicos "assimilação de dados e sistemas de observações terrestres", "modelagem do sistema terrestre", "núcleos dinâmicos", "processamento de alto desempenho", "tecnologias de acoplamento" e "temas gerais". Apesar de ainda não haver um cronograma inicial (há a dependência das agendas do Coordenador do CGCT e da Direção do INPE), as atividades científicas estão previstas a se realizarem com duração de 5 semanas, sendo cada semana dedicada a determinados temas. Estão previstas 2 ou 3 palestras com uma mesa redonda por dia e a comissão de atividades científicas deverá se reunir no final da semana para realizar um relatório sobre o tema da semana, coletando as informações mais importante apresentadas e os resultados das discussões. Este relatório, deverá ser entregue para o comitê científico do MCSTU. Paulo Kubota ressalta que a comissão está aberta a sugestões dos membros do comitê científico do MCSTU e que o documento com a proposição inicial será entregue para a apreciação, revisão e coleta de sugestões dos membros do comitê. Saulo Freitas informa que na próxima reunião do comitê científico, será decidida a proposta, já com as contribuições dos membros.

Pedro Dias ressalta que, sobre o tema assimilação de dados, não se deve considerar apenas a atmosfra. O JEDI (Joint Effort for Data assimilation Integration) é sistema importante, porque está relacionado ao sistema terrestre como um todo. Deve-se pensar em uma metodologia que se aplique a todos os sistemas do sistema terrestre.

Jairo Panetta comenta sobre a estrutura de software, que deve compreender o aspecto global, regional, o acoplamento, a inserção dinâmica de variáveis de campos de outros sistemas do sistema terrestre. Questiona o Paulo Kubota se esses aspectos estão inclusos em algum tópico de pesquisa e sugere juntar esses aspectos com processamento de alto desempenho. Isso está relacionado com a forma como é projetada a dinâmica, a física etc.

Pedro Peixoto fez dois comentários aos tópicos apresentados pelo Paulo Kubota, no contexto das colocações feitas pelo Jairo Panetta. 1. estrutura computacional é muito importante e ressalta que o MetOffice e o ECMWF investiram muito nisso. Exemplos disso são o ESCAPE (Energy-efficient Scalable Algorithms for Weather Prediction at Exascale) e o GungHo!, os quais são projetos focados nesses aspectos. Nesse mesmo contexto, Pedro Peixoto indica pelo chat o link de um artigo sobre a infraestrutura de software desenhada pelo MetOffice, denominada LFRic (uma alusão ao cientista Lewis Fry Richardson). É necessário desenhar uma plataforma flexível o suficiente para acomodar tudo isso e esse é um trabalho muito intenso de desenvolvimento de software. 2. a costura entre esses aspectos. Algumas decisões possuem interdependências, e é necessário pensar como todos os grupos podem se beneficiar. Não se trata apenas de acoplamento entre as componentes, mas como escolhê-las. Exemplifica que dentro do atmosférico, quando são incluídas otimizações entre outros, não pode ser bom apenas para uma componente, mas tem que ser para todas as demais componentes do sistema terrestre. Saulo Freitas cita o nome do pesquisador Peter Bauer do ECMWF e tem a concordância do Pedro Peixoto, como pessoa para colaborar no estabelecimento destes aspectos.

Haroldo Fraga discute sobre a refatoração de software e questiona como os códigos de física já produzidos podem ser reaproveitados em um novo núcleo dinâmico. Afirma que deve-se discutir sobre a viabilidade disso, em resgatar o que já foi feito, pois isso pode ajudar na tomada de decisões. O OLAN (Ocean Land Atmosphere Model), por exemplo, pode ser resgatado, pois foi investido algum tempo nesse projeto e o mesmo não está sendo utilizado. Seria o caso de reutilizar o que já foi feito? Destaca ainda que a métrica das avaliações deve ser o melhor desempenho de previsão de chuva sobre o Brasil.

Roberto Souto acrescenta sobre o tema de refatoração de software, e propõe o nome do pesquisador Tadeu Gomes do LNCC para o tema de "Processamento de Alto Desempenho" nos ciclos de palestras e mesas redondas. Cita que, embora ele não trabalhe com o previsão de tempo, é engenheiro de software e tem foco na computação científica.

Luiz Flávio destaca que o documento com a proposição inicial das atividades científicas o qual foi feito para receber as contribuições de todos, o que é fundamental. Destaca que também sobre a organização dos desenvolvimentos a serem realizados. Esse tema pode ser mais especifico com o time de computação, e a computação é um tema transversal. É necessário padronizar a metodologia de desenvolvimento de software. Com uma equipe pequena, já é difícil fazer o controle de software. Com uma equipe maior, será mais difícil. Se não for estabelecido um padrão, corre-se o risco de não se conseguir desenvolver o software, o que não ocorreria com uma equipe maior. No contexto da engenharia de software, Haroldo Fraga aponta a transição do modelo MM5 para o WRF como um exemplo de sucesso.

Pedro Dias afirma que os pontos levantados são fundamentais e é isso que vai dar confiabilidade e longevidade no desenvolvimento do software.

Luiz Cândido questiona sobre qual escala se deseja alcançar com o desenvolvimento do modelo, pois percebe que não foram citados tópicos como a microfísica de nuvens e outros processos. Saulo Freitas reitera que esses tópicos serão discutidos. Serão necessárias parametrizações físicas que sejam adequadas para várias escalas (multiescala e multifísica). É um objetivo audacioso, mas que deve ser perseguido. Pedro Dias afirma que o Brasil possui competências nessas áreas e que muitas pessoas podem contribuir.

Pauta 4 - Definição dos membros do comitê para coletar e documentar os requisitos, demandas, contrapartidas do MCTSU

Saulo Freitas comenta sobre a definição dos membros do comitê, como uma aproximação de ordem zero. As pessoas indicadas serão pontos focais, e serão responsáveis por criar subredes de colaboração com os demais parceiros da comunidade nacional e internacional (as partes interessadas, stakeholders). Deverão ser formatados documentos que tragam os requisitos de físicos, da dinâmico, da grade computacional, de tecnologias de acoplamento, de PAD (Processamento de Alto Desempenho), de métodos de assimilação de dados, etc. As demandas são as aplicações, os problemas a serem tratados, o desempenho necessário e a acurácia mínima. As contrapartidas são o que a comunidade brasileira pode oferecer aos parceiros e às instituições internacionais. Do que a comunidade pode se beneficiar a partir do desenvolvimento do modelo comunitário? Quais são as demandas de infraestrutura, os recursos para equipamentos de computação e observação do sistema terrestre? O material produzido pelos pontos focais e as subredes serão a base do trabalho. Os pontos focais devem se reunir com os grupos de desenvolvimento e pesquisas regionais para formar as subredes que deverão ser integradas ao escopo do trabalho. Os pontos focais nomeados inicialmente, são:

  1. Sistema integrado de Modelagem: Pedro Dias/USP
  2. Atmosfera: Saulo Freitas/INPE
  3. Superficie e Solos Continentais: Antonio Manzi/INPE
  4. Oceanos e Gelo Continental e Marítimo: Ronald Buss/INPE
  5. Clima Espacial: Joaquim Costa/INPE
  6. Processamento de Alto Desempenho e Qualidade de Código: Luiz Flávio/INPE
  7. Assimilação de Dados do Sistema Terrestre: João Gerd/INPE
  8. Métodos Avançados de Assimilação de Dados e aplicações de Inteligência Artificial: Haroldo Fraga/INPE
  9. Universidades do Norte/Nordeste: Ênio Souza/UFCG
  10. Universidades do Sudeste e Institutos de Pesquisa: Pedro Dias/USP
  11. Universidades do Sul: Otávio Acevedo/UFSM
  12. Universidades do Centro-Oeste: Vinicius Capistrano/UFMS
  13. CENSIPAM: Ivan Saraiva
  14. INMET: Francisco Quixaba
  15. Sugestões? O que está faltando?

Ronald Buss, pelo chat, aponta que um nome melhor para tema "Oceanos e Gelo Continental e Marítimo", é "Oceanos e Criosfera". Argumenta que "criosfera = gelo marinho, calotas polares e terceiro polo (montanhas geladas) - desconsiderando o permafrost por enquanto". Pedro Dias aponta que está faltando um ponto focal para o tema "avaliação". Questiona se este tema não deve ser considerado. A métrica de avaliação depende muito das necessidades do usuário. Para o setor de energia, pode ser que a chuva (como mencionou o Haroldo), não seja a métrica mais adequada; pode ser o vento, a radiação etc. Os stakeholders tem necessidades diferentes (o agronegócio, a Agência Nacional de Águas etc, os grandes usuários do INMET).

Saulo Freitas concorda e sugere que o comitê busque um ponto focal que possa cumprir com essa coordenação e questiona sobre quem pode fazer essa aproximação, perguntar para os stackeholders quais são as suas necessidades deles quanto à avaliação do sistema a ser desenvolvido.

Francisco Quixaba informa que com o COSMOS, o INMET tem atendido alguns usuários (eg., o agronegócio). Questiona a ausência da Marinha, que também tem processado modelos numéricos.

Pedro Dias questiona se o CENSIPAM não engloba esse setor; Gilvan Sampaio afirma que sim, que o CENSIPAM é o órgão que representa as forças armadas.

Ivan Saraiva informa que, nesse momento, não tem uma resposta certa sobre a representação da Marinha no CENSIPAM, mas que irá verificar sobre essa representação.

Gilvan Sampaio aponta que o Caio Coelho pode contribuir, pois é membro do grupo de avaliações do S2S (Subseasonal to Seasonal), e acredita que ele deve ser incluído como representante.

Enio Souza aponta que, quando foi feita a divisão dos pontos focais, o Norte e Nordeste foram unidos. Argumenta que são duas regiões diferentes e com grupos e stakeholders diferentes. Sugere separar as regiões, com o Luis Cândido cuidando do Norte e ele (Enio Souza), cuidando do Nordeste.

Ronald Buss argumenta que existe um desbalanço entre o pessoal da área de atmosfera e oceanos e gelo. Aponta que a comunidade científica sobre oceano e gelo estão mal representados e que gostaria de expor que a comunidade de oceanografia física é muito grande e faltam pessoas dessa área no comitê científico do MCSTU. Argumenta que não pode e não se sente seguro em representar, de maneira solitária, esse grupo. A rede REMO (Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica) é uma rede estabelecida e existem alguns entraves para que esse grupo forneça produtos para a sociedade. Diz que tem a expectativa de que a comunidade possa ser envolvida e representada no desenvolvimento do modelo, que o modelo deve funcionar abaixo d'água e acima dela.

Pedro Dias concorda com Ronald Buss e diz que a rede REMO é fundamental e essa parceria tem que ser institucionalizada.

Saulo Freitas reitera que, efetivamente, esta é a primeira reunião. Todos serão acolhidos e não há "limite de cadeiras". O comitê científico está na sua primeira aproximação, está sendo estruturado e que as pessoas indicadas pelo Ronald Buss serão convidadas.

Pauta 5 - Convênio do INPE-ECMWF no Contexto do MCSTU

Saulo Freitas introduz o convênio INPE-ECMWF, no contexto do modelo comunitário. Convida Fernando Ii e o Caio Coelho para apresentação.

Fernando Ii listou os possíveis tópicos de colaboração com o ECMWF. Apontou que uma das razões do sucesso do ECMWF é ter um único objetivo, que é desenvolver o modelo de previsões de médio a longo prazo. Todos os convênios que o ECMWF faz, visam melhorar o próprio modelo. O ECMWF dispõe de estrutura adequada e atualizada para as suas atividades operacionais e de desenvolvimento. A cooperação entre INPE e ECMWF acontece desde 1988 e todos os anos, são revistas as áreas de cooperação. O ECMWF pode cooperar com o INPE, no contexto do desenvolvimento do modelo comunitário, com palestras e workshops em modelagem, treinamento. No acordo com o ECMWF, para qualquer curso, sempre há uma "cadeira gratuita". Há um acordo que inclui a modelagem e o Copernicus (C3S - Copernicus Climate Change Service para o monitoramento atmosférico, mudanças climáticas etc), inteligência artificial, escalabilidade, OpenIFS programme (modelo do ECMWF, aberto para pesquisa e ensino - a versão anterior e sem assimilação de dados), cloud computing - European Weather Cloud e ClimetLab - software de acesso para conjuntos de dados meteorológicos.

Pedro Dias solicita esclarecimento sobre a possibilidade de pessoas externas ao INPE possam partcipar dos treinamentos oferecidos pelo ECMWF, dentro do escopo do convênio do INPE. Caio Coelho e Fernando Ii apontam que é possível, com a anuência do INPE.

Saulo Freitas afirma que os cursos podem ser feitos online. Destaca que pode-se utilizar a física do OpenIFS como base para desenvolver a do modelo comunitário, as análises do ECMWF para validação, além do MetView para a visualização de grades não estruturadas.

Haroldo Fraga argumenta que é importante negociar um plano de trabalho específico do modelo comunitário dentro do convênio do INPE-ECMWF.

Fernando Ii aponta que o convênio INPE-ECMWF é renovado a cada 5 anos e que os planos de trabalho são anuais.

Caio Coelho adiciona que o foco do ECMWF também está apenas na previsão entre poucos dias a poucos meses (previsão estendida - até 10 dias, sub-sasonal - até 5 semanas, sazonal - até 6 meses, usando 50% dos recursos computacionais disponíveis para as atividades de pesquisa para o desenvolvimento do modelo para essas três escalas). Não fazem nowcasting e nem projeções de mudanças climáticas. A contribuição deles em projeções de mudanças climáticas está em prover as ferramentas para armazenamento e acesso as projeções produzidas por outros centros para uso da comunidade em geral.

Outros Assuntos

Haroldo Fraga, pelo chat, sugere a utilização da plataforma da Conferênciaweb da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) para a gravação das reuniões.

Durante a fala do Gilvan Sampaio, após a apresentação do Pedro Dias no contexto da "Pauta 2 - Histórico das iniciativas do INPE para desenvolver um sistema de modelagem unificada", Francisco Quixaba questiona Pedro Dias sobre o convênio INMET-CPTEC; esta discussão pode ser verificada no chat da gravação a partir de 58'46".

Durante as discussões sobre a infraestrutura computacional a ser projetada para o desenvolvimento comunitário, no contexto da "Pauta 3 - Apresentação Proposta Inicial de Atividades Cientificas no escopo do MCSTU", Carlos Bastarz sugere a padronização do ambiente de desenvolvimentos com a utilização de contêineres.

Ações Para a Próxima Reunião

  1. Enviar o documento com a proposição inicial dos nomes elencados para as palestras e mesas redondas para a apreciação e coleta de sugestões do comitê científico;
  2. Buscar um ponto focal para a subrede de avaliações do modelo comunitário;
  3. Considerar o nome do pesquisador Tadeu Gomes/LNCC para o tema de "Processamento de Alto Desempenho" nos ciclos de palestras e mesas redondas (sugestão do Roberto Souto/LNCC) e do pesquisador Peter Bauer/ECMWF como participante das discussões no escopo das atividades científicas;
  4. Reforçar a necessidade de que a assimilação de dados seja contemplada em todas as componentes do sistema terrestre (sugestão Pedro Dias/USP);
  5. Considerar a sugestão do Ronald Buss/INPE para a alteração do nome do tema "Oceanos e Gelo Continental e Marítimo", para "Oceanos e Criosfera";
  6. Incluir/detalhar as propostas de engenharia de software no desenvolvimento do modelo comunitário (sugestões Roberto Souto/LNCC, Pedro Peixoto/USP, Haroldo Fraga/INPE e Luiz Flávio/INPE);
  7. Rever as necessidades do comitê científico dentro do escopo do convênio INPE-ECMWF;
Anexos